INFLAÇÃO DE 2021


O IBGE divulgou ontem a taxa inflacionária de 2021, que ficou em 10,06%, sendo a maior desde 2015 e a quinta maior depois do Plano Real, que fará três décadas no próximo ano. Referida taxa tornou os ativos brasileiros mais depreciados e reduziu bastante o poder de compra de nacionais, na medida em que os reajustes salariais têm a sua defasagem de um ano, para sua reposição e de que nem todas as categorias terão aumento neste exercício, à exemplo dos servidores públicos.

Nada obstante à inflação de dois dígitos, que retraí os investimentos e as perspectivas de retomada do crescimento econômico, visto que as projeções semanais das pesquisas do Banco Central têm cada vez trazido a economia brasileira para a estagnação, a bolsa de valores de ontem reagiu e subiu quase 2%. O dólar recuou para R$5,57 e as explicações do mercado financeiro vieram, dizendo que as forças da alta da bolsa e baixa do dólar, traduziram movimentos positivos vindos do exterior. No entanto, foram também divulgadas ontem as perspectivas de que a safra agrícola deste ano será de um novo recorde, sendo estímulo para o crescimento dos preços das ações do agronegócio.

Na corrente de contrair a taxa inflacionária, na reunião do Banco Central dos próximos dias, o mercado financeiro espera que a taxa básica de juros suba também para dois dígitos, de 9,25% para 10,75%, o que poderá passar pela primeira vez em um ano, a inflação de dois dígitos, depois de ter alcançado a SELIC a taxa mínima de 2% anuais, processada até março de 2021.

Neste ano de muitas expectativas e lembranças de que, em ano eleitoral a economia não reage muito bem, haverá muitos solavancos. O fato da bolsa de valores subir bem ontem ainda não demonstra otimismo de recuperação econômica, mas que os preços das ações estão muito baratos e investidores foram às compras.

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