REFORMA TRIBUTÁRIA EM QUESTÃO
A reforma tributária parcial, aprovada pela Câmara de
Deputados, em duas votações, foi enviada ao Senado, sofrerá mudanças e voltará
à referida Câmara para mais duas votações. O presidente do Senado prometeu até
outubro colocar em votação a Proposta de Emenda Constitucional. Desde 1967, que
a reforma tributária foi outorgada pelo governo militar e não mais outra proposta
de uma reforma estrutural fora aprovada. Desta vez não está sendo diferente. É
muito difícil conciliar interesses nas duas Casas Legislativas. Na Câmara, têm-se
os representantes do povo e no Senado três governadores por Estado Nacional.
No Senado, o governo de Lula conseguirá maioria, mas na
Câmara de Deputados o governo federal dificilmente conseguirá maioria se não
negociar emendas parlamentares e ministérios executivos.
Nesta semana, o economista-chefe do Banco de Investimentos
BTG-Pactual, Mansueto Almeida, conhecido especialista da contabilidade
nacional, já que exerceu cargos na área econômica, admirado e respeitado, disse
que a reforma tributária em curso não deverá reduzir a carga tributária. Quem
sabe, poderá até aumentar com a criação também de novos tributos, tais como
agora mesmo, uma medida provisória sobre taxar as loterias virtuais, foi
enviada ao Congresso, para cobrar 18% de imposto sobre receitas lotéricas e
cobrar imposto de renda daqueles que receberem prêmios mais do que o teto
mensal. Também está sendo encaminhada proposta de taxar os fundos de aplicação
financeira para as altas rendas. Sem contar que sempre está em debates no
Congresso tributar as grandes fortunas e os dividendos que estão isentos.
Ontem, o mesmo Mansueto, disse que o governo federal poderá
ser forçado a bloquear aproximadamente R$60 bilhões no orçamento do próximo
ano, se não conseguir aprovar as receitas extras previstas, que será enviado
até o último dia deste mês.
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