PESQUISA DO BANK OF AMERICA SOBRE AÇÕES
Após recuar por 11 vezes seguidas até ontem, dia 15, algo que não acontecia há pelo menos cerca de
40 anos, em fevereiro de 1984, antes, tão grande recuo consecutivo referido
aconteceu em junho de 1970. o Bank of
America, em pesquisa com gestores de fundos de investimentos da América Latina,
divulgada ontem, mostrou que a maioria dos participantes está esperando que os investidores
mudem de posições acionárias quando a taxa básica de juros, a SELIC, atingir
10% ao ano, o que poderá ocorrer no segundo semestre de 2024, enquanto 32%
avaliam que seria necessário que a SELIC fosse menor do que 10%, no final de
2024.
A expectativa dos entrevistados é de que a SELIC encerre 2023
entre 11% a 12%. Vale dizer, que uma tendência é de que a bolsa de valores
brasileira continue recuando, depois de ter atingido neste ano um máximo de 123
mil pontos, fechando ontem por volta de 116 mil pontos. Entretanto, a
perspectiva dos gestores da pesquisa é de que o IBOVESPA poderá encerrar este
ano acima de 120 mil pontos. Ademais, 44% deles estão vislumbrando um indicador
acima de 130 mil pontos. Ora, tal esperança não é compatível com as declarações
da maioria dos entrevistados de que somente mudaria de posições acionárias
depois da taxa SELIC recuar por volta de 10% anuais. Ademais, como as taxas
básicas de juros dos Estados Unidos estão sendo previstas como elevadas, eles
dificilmente migrarão para o mercado acionário ou mudaram de posições em suas
carteiras.
A divulgação consecutiva de estatísticas ruins para a bolsa
de valores tem como causas principais o conhecido recuo da atividade econômica
brasileira e a recente deflação na China, principal parceiro comercial do
Brasil, o que poderá recuar as exportações brasileiras de matérias primas.
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