ALERTA SOBRE METAS FISCAIS
No Senado brasileiro existe um órgão de assessoria, chamado
de Instituição Fiscal Independente (IFI), que tem alertado o governo pelas
dificuldades de cumprir as metas fiscais. Baseado em dados do próprio Senado e
do governo federal, o IFI está apontando para uma arrecadação, que está em
desaceleração desde maio, enquanto o ritmo de execução de despesas tem
aumentado de forma consistente. Em consequência, está havendo crescente piora
do déficit primário nos últimos meses, projeção do IFI diz que deverá ser prolongado
para este ano.
Do lado das despesas públicas, as pressões de gastos
ocorreram pelo reajuste do funcionalismo público, do reajuste do salário
mínimo, do reajuste dos benefícios pagos pela Previdência Social, do abono
salarial e do seguro desemprego. Como o número de benefícios do INSS continua a
crescer, a situação é de piora nas contas públicas.
Do lado das receitas públicas, de janeiro a julho deste ano,
elas caíram 5,4%. No período houve também queda nos preços do petróleo, tendo
reduzido as receitas de royalties em R$16,1 bilhões. Por seu turno, conforme o
IFI, as receitas com dividendos também se reduziram em R$19 bilhões. Por sua
vez, a arrecadação de tributos também caiu nos sete primeiros meses, à exceção
do imposto de renda das pessoas físicas.
O déficit primário previsto para os sete meses referidos
alcançou R$67 bilhões, segundo o IFI. Provavelmente, ainda segundo a citada
instituição, será difícil ter déficit inferior a R$100 bilhões neste ano e
superávit primário no próximo ano.
Enfim, o arcabouço fiscal está difícil de ser aprovado ainda
neste mês, bem como outros tributos sobre fundos de investimentos das grandes
fortunas, que o governo federal decidiu realizar.
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