TEORIA MONETÁRIA MODERNA
No texto da Proposta de Emenda Constitucional da Transição,
apresentada ao Congresso Nacional, já aprovada no Senado em dois turnos, bem
como na Câmara de Deputados Federal, em discussão, para votação também em dois
turnos, ele trouxe uma novidade, chamada de Teoria Monetária Moderna, qual seja
a defesa de que o governo central pode ter déficit, primário e nominal, dívida
pública, externa e interna, além de emitir moeda o quanto quiser. Trata-se de várias
liberalidades econômicas, que podem ficar enormes, justamente o contrário do
que defende a Teoria Monetária Ortodoxa, a qual estabelece superávit primário e
redução ou anulação do déficit nominal, redução da dívida pública e controle
rigoroso da emissão de moeda.
A novidade foi introduzida pelo senador Alexandre Silveira
(PSDB-MG), relator da PEC da Transição, que trouxe a possibilidade do governo
elevar os gastos além da lei do teto, em 2023. A novidade foi suprimida no
texto, mas ficou explícita, na medida em que o gasto inicialmente aprovado
romperia o orçamento público em cerca de R$145 bilhões, ou mais, já que há
congressista se referindo a R$150 bilhões.
As duas formas dos economistas verem a teoria monetária são,
na verdade, versões antigas, dos debates daqueles que defendem uma teoria
monetária expansionista com aqueles que defendem uma teoria monetária contracionista.
No fundo do debate está a vontade daqueles que irão assumir o
novo governo gastador e que pretendem romper com a lei do teto dos gastos.
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