CUSTOS MAIORES DA INDÚSTRIA BRASILEIRA

 

Os custos comparativos da indústria brasileira, em relação aos custos médios da indústria mundial, são maiores e vêm sendo crescentes, pelo menos desde o ano de 1985, conforme a Confederação Nacional da Indústria (CNI), processo este que se vem chamando de desindustrialização, o contrário do que ocorreu em longo período no Brasil, desde 1930, chamado de industrialização. Assim, intensificou-se o referido processo, desde 1985, quando a indústria chegou a representar 36% do Produto Interno Bruto (PIB) e hoje corresponde a apenas 11% do PIB.

Ademais, o setor industrial brasileiro, que chegou a representar 2,77% da produção mundial, em 1995, hoje em dia está por volta de 1,28%, segundo recente estudo da CNI. Simplesmente, referidos custos são reunidos em um conjunto chamado de custo-Brasil, qual sejam um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas, que influenciam negativamente o ambiente geral dos negócios. 

Os resultados são a perda de competitividade internacional da indústria brasileira, elevando os custos dos produtos nacionais, os custos da logística com transportes, contribuindo para uma excessiva carga tributária.

O Ministério da Economia encomendou um estudo ao Movimento Brasil Competitivo (MBC), que concluiu que os diversos fatores que compõem o custo-Brasil, anualmente, retiram das empresas instaladas no País cerca de R$1,5 trilhão, correspondentes a 20% do PIB brasileiro.

O presidente do MBC, Rogério Caiuby, afirmou que 60% do chamado custo-Brasil poderia ser eliminado entre 5 a 10 anos, com projetos que estão em análise no Congresso, demorando de serem aprovados.

Historicamente, o Brasil teve uma industrialização tardia, quando teve uma industrialização proibida, a partir de 1.703, pelo Tratado de Methuen, vigorando até o século XIX, vindo, portanto, sendo perseguido, no curso da história, por vários problemas de competitividade, além do fato de elevada proteção que ela teve no período de 1930 a 1990, a qual a “viciou”, levando-a à perda de melhores níveis de competitividade.

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