RELATÓRIO DE PROJEÇÕES FISCAIS
O Tesouro Nacional realiza o Relatório de Projeções Fiscais
e, com respeito à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, prestes
a ser aprovada pelo Congresso, cuja estimativa de gastos públicos em dois anos
se aproxima de R$200 bilhões (valor este com outros custos presumidos),
projetou a dívida bruta do governo federal sobre o PIB, que poderá chegar a
81,8% do PIB, em 2026. Com os custos da PEC da Transição a dívida em referência
poderá subir para 8,1%.
O Tesouro Nacional usou os dados da PEC aprovada pelo Senado,
em dois turnos e que se encontra na Câmara de Deputados, para votação também em
dois turnos. O valor líquido da PEC em referência é de R$168 bilhões, sendo
R$145 bilhões, para financiar o novo Programa Bolsa Família e R$23 bilhões para
investimentos, fora da lei do teto dos gastos públicos.
As inversões embutidas nos cerca de R$200 bilhões acima são
estimadas em R$25,6 bilhões, dos quais R$24,6 bilhões para o PIS-PASEP e R$1
bilhão para as instituições federais de ensino.
Os custos adicionais da referida PEC atrasará em cinco anos o
superávit primário, previsto para este ano, que poderá voltar a ocorrer somente
em 2028.
O alarmismo das despesas, que fez Armínio Fraga se declarar
contrário, ele que foi favorável ao novo governo, têm componentes inflacionários
e de atraso no nível de crescimento econômico. Para ele, querer resolver o
problema de pobreza de uma vez terá elevado custo econômico e desequilibrará as
contas públicas.
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