PREVISÕES DA CEPAL E RECEIO DE FRAGA

 


A Comissão Econômica para América Latina e Região do Caribe (CEPAL), baseada no Chile, entidade filiada à Organização das Nações Unidas (ONU), baseada nos Estados Unidos da América, desde o final dos anos de 1940, costuma fazer previsões sobre a América Latina. Desta vez veio a público que a região em referência desacelerará no ano que vem devido às elevadas taxas inflacionárias, mediante as políticas monetárias de aperto que serão adotadas para reduzi-la e elevação dos gastos públicos.

Os desafios serão internos e externos no ano que vem. Na verdade, continuarão. A elevação dos preços do petróleo, de outras matérias primas e de alimentos. A continuada guerra da Rússia e da Ucrânia. As mudanças nos regimes políticos menos ortodoxos ou mais intervencionistas. Por fim, as expectativas inflacionárias.

A projeção do crescimento do PIB da região acredita que será de 1,3%, sendo que para ela, o crescimento do PIB brasileiro poderá ser de 0,9%, quando para 2022 acredita que seja de 2,9%, taxa igualmente acreditada pelo Banco Central do Brasil, que elevou a sua projeção ontem.

Corroborando a CEPAL, de que no ano que vem a inflação será elevada, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), elevou sua previsão de 4,7% para 4,9% da inflação brasileira, enquanto o teto da meta do Conselho Monetário Nacional é de 4,75%.

No caso brasileiro, sem dúvida, a Proposta de Emenda Constitucional da Transição, que poderá ser aprovada ainda este ano, para vigorar nos próximos dois anos, prevendo gastos acima do teto dos gastos públicos, no valor de mais de R$150 bilhões, é bastante inflacionária. O próprio Armínio Fraga, economista famoso do País, disse estar receoso de que o tiro sairá pela culatra, visto que poderá ser a citada PEC extremamente inflacionária e detonará os gastos públicos, via elevação da dívida pública sobre o PIB, em níveis sem precedentes, além da economia brasileira que poderá ter baixo nível de crescimento econômico.

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