CUSTO PESADO DA DÍVIDA

 

A taxa básica de juros de 13,75%, a SELIC, é muito elevada. Mas, poderá começar a cair no segundo semestre deste ano. Porém, as cerca de 100 instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central, acreditam que a SELIC fechará 2023 em 12%, pressionando com o custo pesado da dívida pública bruta sobre o PIB.

Em 2023, os títulos públicos atrelados à SELIC, atingirão um recorde de vencimentos, na medida em que o governo se antecipou com gastos públicos aprovados, pela Proposta de emenda Constitucional da Transição, no  valor de R$145 bilhões em 2023. Já a dívida publica a vencer será de R$464 bilhões, cujo maior volume está concentrado em R$178 bilhões, em março, além de R$286 bilhões em setembro.

As despesas extraordinárias para enfrentar a pandemia, tais como os auxílios emergenciais e a elevação do valor do Programa Auxílio Brasil, elevaram os gastos públicos, via endividamento federal.

As taxas de juros praticadas no País são as das mais altas do mundo. Nominais a 13,75%, apresentam ganho real que chega a ultrapassar 6% ao ano, em horizontes longos.

As elevadas taxas de juros desencorajam investimentos e são esperadas taxas baixas de crescimento do PIB. Se ficarem muito altas por muito tempo poderão levar até as agências de risco a rebaixarem a nota do investimento no Brasil.

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