ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS


A XP Investimentos é uma das maiores financeiras da América Latina e tem ações negociadas na bolsa de No York. A equipe de Renda Fixa da XP, com base em dados do Banco Central, estudou o endividamento das famílias brasileiras. Qual não foi a conclusão: de 2020 para 2021, o endividamento subiu 21%, tendo como consequências o crédito facilitado, que ficou mais caro e pelas necessidades de sobrevivência em geral.

As dívidas contraídas principalmente estão sem garantias. São as chamadas da linha “clean”. Conforme o estudo da XP, os dois tipos de empréstimos mais caros, com crescimentos superiores às médias dos demais tipos de financiamentos, foram o cartão de crédito, cuja elevação fora de 34%, no período analisado, bem como o crédito consignado, que se elevou em 37%. Tais tipos de endividamentos apresentam as facilidades mais banais e por isso são bem mais caros.

O endividamento médio das famílias brasileiras está em nível elevadíssimo da série histórica do Banco Central. Com base nos últimos dados coletados pela XP, no mês de outubro, o endividamento médio atingiu 51% da renda das famílias. Por outro lado, a inadimplência está em três de cada dez tomadores de empréstimos.

Referidos patamares são muito elevados. Basta citar que o crédito imobiliário, geralmente com trinta anos para pagar, procura comprometer até cerca de 30% da renda das famílias. Assim, as famílias estão passando o maior sufoco e ainda não acabou a pandemia do covid-19, cujas restrições para o seu combate, elevaram as taxas inflacionárias pelo mundo e trouxeram muitas medidas que geraram o isolamento social, o enorme crescimento dos preços das matérias primas, em especial, do barril de petróleo, que chegou ontem perto de cem dólares, o desemprego acachapante e o baixo nível de crescimento econômico atual. Pelo menos é isso que está sentindo agora o Brasil.

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