ATA DO BANCO CENTRAL


Uma semana depois de ter elevado a taxa básica de juros, depois de várias altas consecutivas da SELIC, taxa esta que passou de 2,00% ao ano, em março de 2021, para 10,75% anuais, em 2022, o mercado financeiro se debruçou sobre a ata da reunião da semana passada, do Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom/BC), que se referiu à continuidade da elevação da SELIC, nas próximas reuniões. Tendo em vista que a inflação continua persistente, o Banco dos Bancos age ortodoxamente para conter a inflação. Isto é, inflação para cima, taxa SELIC também, sendo que esta hoje já está maior do que aquela.

Na referida ata, o BC é explicito ao referir-se à PEC dos Combustíveis, em análise do Congresso Nacional, que visa reduzir tributos, para combater à alta dos preços dos combustíveis, em pauta daquele Órgão, para uma próxima decisão. Acredita o BC que a aprovação da citada PEC irá alimentar a inflação, visto que elevará os gastos públicos ou reduzir receitas correntes. O cenário presente é de por mais lenha na fogueira, como exposto, visto que as elevações da SELIC têm efeitos no médio e no longo prazo.

As estimativas dos analistas econômicos de plantão são de que a inflação têm tendência de alta no curto prazo e que se reduzirá no médio e longo prazo. Porém, os preços externos das commodities, principalmente do petróleo, que avançam rapidamente acima de cem dólares o barril, elevam a inflação na maioria dos países. Nos Estados Unidos já é a maior em quarenta anos. Aqui é a terceira maior, na era do Plano Real (1994).

A previsão, vista na mediana das cerca de 100 instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo BC, é de que a SELIC chegará ao final do ano em 12,25% anuais, crendo que a atuação do BC terá efeito mesmo em médio prazo. No curto prazo não terá efetividade. No longo prazo, irá depender se as escaramuças das altas do barril do petróleo continuar e se as tensões entre a Rússia e a Ucrânia persistirem, inquietando a Europa e os Estados Unidos, de forma bélica.

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