DESACELARAÇÃO BRASILEIRA MAIOR DO QUE A MUNDIAL
No geral, as instituições financeiras, consultadas
semanalmente pelo Banco Central, para fazer o Informativo de Mercado Focus,
estão fazendo previsões, desde o ano passado, de que a economia brasileira vai
desacelerar mais do que a economia mundial. Isto é, a mediana das informações
das citadas cerca de 100 instituições financeiras é de que a economia
brasileira crescerá 0,78% em 2023. Para o Fundo Monetário Internacional a média
de crescimento mundial será de 2,7% e o País poderá crescer 1% em 2023. É mais
ainda pessimista o diretor de investimentos da MAG Investimentos, Cláudio
Pires, de 50 anos, que projeta para o Brasil 0,5% de incremento no PIB deste
ano. Para 2024, ele projeta uma melhoria do incremento do PIB para 2%.
Olhando para trás, o PIB de 2021 cresceu cerca de 5%. Para
2022, o PIB pode ter crescido 3%. Essa queda projetada em 2023, segundo os
referidos consultados, deve-se ao fato de que o novo governo encontrou um
cenário econômico adverso do exterior e de que terá de organizar as contas
públicas, segundo os citados analistas e o próprio governo. No entanto, o
verdadeiro motivo é de que o novo governo montou um governo gastador, ampliando
de 23 para 37 os ministérios executivos e poderá contar com a chamada PEC de
Transição, que gastará mais neste ano, fora da lei do teto dos gastos, a cifra
de R$128 bilhões. Para o Sr. Cláudio, referido acima, a autorização que o
governo central espera receber, acima da lei do teto dos gastos, seria de R$170
bilhões. Sem dúvida, os gastos maiores do que os orçamentados impulsionarão a
inflação. A maioria destes gastos é para o assistencialismo e não em
infraestrutura, indispensável para incrementar os investimentos produtivos.
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