ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CAPITAL ESTRANGEIRO
07-04-2021
A consultoria internacional A. T. Kearney lançou mundialmente o Índice de Confiança para Investimento Estrangeiro Direto, de cálculo anual. Na sua última pesquisa foram entrevistados 500 executivos seniores das maiores multinacionais, acerca dos destinos dos maiores atrativos de empreendimentos para os próximos três anos. Do ano anterior par o atual o País caiu duas posições. Encontra-se em 24º lugar no conjunto dos países acompanhados. As distorções atuais são muito grandes. Antes da grande recessão, que se iniciou em 2014, até o final de 2016, depois de um período de três anos de relativa estagnação, no ano de 2020, voltou-se à forte recessão. Antes de 2014, o País estava como sexta economia mundial. Depois do fatídico ano de 2020, o País se encontrava em 12º lugar entre os PIBs mundiais. Enquanto o Brasil estima que o Pais irá crescer 3,17% neste ano, conforme boletim Focus do Banco Central, o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que crescerá 3,7%, e que a economia global, em média, crescerá 6% neste ano de 2021. Tamanho otimismo decorre do fato da injeção de mais de cinco trilhões de dólares do governo dos Estados Unidos, para recuperar sua economia.
Segundo o Banco Mundial, o investimento direto estrangeiro é o melhor termômetro para avaliar se uma economia vai bem, gerando empregos, transferindo tecnologias e desenvolvendo infraestrutura. Destinado à ampliação das empresas, reflete o interesse duradouro por parte do investidor internacional.
O Brasil esteve no terceiro lugar dos destinos dos citados capitais, no período de 2012 a 2013, tendo o grau de investimento externo favorável desde 2018, porque estava em amplo crescimento há mais de dez anos, ostentava muitas riquezas de recursos naturais e de renda média crescente.
Conforme publicado pelo site Estadão, ontem: “Em 2020, a Formação Bruta do Capital Fixo, ou seja, os investimentos que aumentam a produção, apresentou uma queda de 0,8%,em relação a sua participação no PIB. Dados do FMI mostram que no Brasil esta participação está em 16,4%, o nível mais baixo desde 1968, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Na América Latina, essa participação é de 19,6%; no mundo, 26,2%; e nos países emergentes, 32,8%”.
Para o Brasil romper com as amarras que o colocam em situação tão frágil, precisa realizar as prometidas reformas estruturais. Dentre elas, uma reforma administrativa, que acabe com os privilégios de vastos segmentos do funcionalismo, estabelecendo níveis sustentáveis de endividamento da União. De uma reforma tributária, racionalizando os mecanismos de taxação. Da modernização dos marcos regulatórios principalmente na área de infraestrutura. Enfim, o País necessita resgatar a confiança dos capitais internacionais.
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