DESEMPREGO ABERTO CONTINUA CAINDO
Na verdade, o desemprego aberto no Brasil continua caindo, mas ainda a taxa é superior a dois dígitos. Quando estava por volta de 6%, em meados da década passada, tinha quem se referisse a ela como “pleno emprego”. Uma mentira, visto que “pleno emprego” seria taxa próxima de zero. Mesmo assim, era uma taxa razoável. Entretanto, o desemprego ficou tão baixo porque o governo federal impulsionava os investimentos públicos, sem se dar conta de que iria voltar em 2014, ao déficit primário, dezesseis anos depois. Sem contar com a corrupção impulsionada nas obras publicas, que, descobertas, levaram ao encolhimento e até falências das grandes empreiteiras, que eram turbinadas por corrupção, conforme demonstrou a operação Lava Jato. Quase uma década depois de déficit primário, o governo federal teve de encolher os investimentos públicos, que são impulsionadores do crescimento, o País, encontra-se da armadilha de baixo ou nulo crescimento. Há décadas que o Brasil está na armadilha de um país de renda média. Isto é, para a ONU, uma renda no intervalo de US$6 mil a US$16 mil.
“Em um ano, a população desocupada caiu de 14,7 milhões para 12 milhões. A taxa de desemprego no País ficou em 11,2%, no trimestre encerrado em janeiro deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado é o menor para o período desde 2016 (9,6%).
“Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-Contínua) foram divulgados nesta sexta feira (18).
“No trimestre encerrado em janeiro de 2021, a taxa era de 14,5%. Ainda de acordo com o IBGE. A taxa observada no trimestre encerrado em janeiro deste ano ficou abaixo da observada no trimestre finalizado em outubro de 2021 (12,1%)”.
Sem dúvida, o déficit primário do governo o impede de realizar mais obras e gerar mais empregos, os quais estimulam os empregos indiretos criados pela iniciativa privada. Por outro lado, as reformas estruturais, que pouco tem sido realizado, encontram-se emperradas no Congresso Nacional há vários anos.
Enfim, o óbvio, a taxa de desemprego deverá continuar a cair, na medida em que o investimento público, que é multiplicativo, ampliar-se, além de se ampliarem também as concessões e as privatizações.
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