CUSTOS CONTINUARÃO ALTOS


Os custos da produção da agricultura se elevarão, em razão do aumento de preços dos fertilizantes, dentre outras matérias primas. Os custos da produção da indústria se elevarão porque faltam insumos industriais no mundo. Os custos do comércio e dos serviços continuarão elevados porque são eles que compõem o setor terciário e refletem o que ocorre no setor primário e no setor secundário. Este é o sentimento de analistas financeiros de mercado, que vêm a inflação em alta, principalmente porque a pandemia do covid-9 ainda deixa os seus rastros e não acabou. Ademais, está em curso a guerra da Rússia com a Ucrânia, pressionando os preços  para cima das commodities..

Assim, as instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC) elevaram, pela sétima semana consecutiva, a estimativa da inflação, que avançou de 5,56% para 5,60% anuais. O centro da meta inflacionária, fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,50%, mediante tolerância do limite inferior em 2,00% e do limite superior de 5,00%. O relatório semanal do BC continua indicando que este será o segundo ano consecutivo de rompimento da meta. No ano passado o IPCA fechou em 10,06%. A expectativa do IPCA para 2023 teve leve alteração, de 3,50% para 3,51% Mas, ainda acima do centro da meta fixada pelo CMN para o próximo ano, que é de 3,25%, com limite inferior de 1,75% e limite superior de 4,75%.

O relatório de mercado Focus, do BC, desta semana trouxe manutenção na estimativa da mediana para a elevação do PIB de 2022, que continuou em 0,30%. Para 2023, a mediana das previsões de mercado permaneceu em 1,50% do PIB ao ano.

Por seu turno, a estimativa para elevação da taxa básica de juros, a SELIC, deste ano, continuou a mesma da semana anterior, e 12,25%. Há um mês era de 11,75% anuais.

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