LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

 

No dia 5, próximo passado, foi realizado o Exame do Ensino Médio (ENEM), que considera apto para ingressar nas universidades brasileiras, os alunos aprovados por notas classificatórias. A prova constou de 90 questões e trouxe uma questão bastante polêmica, criticando a “lógica do agronegócio” na região dos Cerrados, considerando de forma negativa a propriedade privada e, por via de consequência, “o modelo capitalista (que) subordina homens e mulheres à lógica de mercado”.

Conforme o citado quesito: “No Cerrado, o conhecimento local está cada vez mais subordinado à logica do agronegócio. De um lado o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos, como universalização das práticas agrícolas e de novas tecnologias e, de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica de mercado. Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade privada. Além do mais, há outros fatores negativos, como a mecanização pesada, a ‘pragatização’ dos seres humanos e não humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a violência contra a pessoa”     

“Os elementos descritos no texto, a respeito da territorialização da produção, demostram que há um

“A) cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida.

“B) descaso aos latifundiários, impactando a plantação de alimentos para a exportação. “C) desprezo ao assalariado, afetando o engajamento dos sindicatos para com trabalhador.

“D) desrespeito aos governantes, comprometendo a criação de empregos para o lavrador.

“E) assédio ao empresariado, dificultando o investimento de maquinários para a produção”.

 Para os realizadores da prova, a resposta é o item A acima.

O texto acima, sem dúvida, é inspirado no livro “O Capital” de Karl Marx, que se trata da maior crítica ao capitalismo. Em termos contemporâneos, a crítica recai à lógica do agronegócio.

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