JUROS REAIS VOLTARAM A SEREM MAIS ALTOS

 

Mesmo com a queda dos juros nominais, representado pela taxa SELIC, de 12,75% para 12,25% ao ano, sancionada pela reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, os juros reais brasileiros passaram a serem considerados os mais altos do mundo, estando hoje em 6,90%, superiores aos juros mexicanos, que estão em 6,89%. Os juros reais são os juros nominais descontada a taxa inflacionária.

Nos Estados Unidos os juros nominais ficaram estáveis, no mesmo dia da reunião do COPOM, dia 1º, na faixa de 5,00% a 5,25%, os chamados Feds funds. Em seguida, os juros nominais do Reino Unido ficaram estáveis em 5,25%. Os juros do Banco Central Europeu ficaram também em 4,00%. Juros nominais assim são raros nas economias desenvolvidas.

As expectativas são de bom crescimento neste ano, para a economia global, mas de crescimento decrescente no ano que vem na economia mundial. As razões continuam sendo quanto às expectativas de elevação dos preços do barril do petróleo pelo globo terrestre, além da existência de dois grandes conflitos bélicos no mundo, um mais antigo, próximo de três anos, entre Rússia e Ucrânia, outro mais novo, em direção a um mês, entre árabes e israelenses.

Vale dizer, a redução do abastecimento de alimentos e de matérias primas levarão a inflação para patamares mais altos, assim como o crescimento do PIB, em geral poderá ser bem menor do que o esperado. Inflação e PIB tem correlação negativa, conforme várias comprovações empíricas.

No Brasil, cujo crescimento do PIB deste ano está projetado em ficar acima de 3%, para o ano que vem, a projeção do mercado financeiro, ouvido pelo Banco Central, é de ficar por volta de 1%, isto porque as taxas de juros continuaram a ficar muito elevadas e a projeção do mercado financeiro é de elevação de 9,00% para 9,5% em 2024.

Mesmo a SELIC tendo caído 0,5%, no dia 1º, indo para 12,25% ao ano, as taxas médias de juros para as empresas continuaram altas, por volta de 22% anuais, conforme os dados estatísticos de crédito do Banco Central.

A teoria econômica comprova também que o crescimento do PIB e a taxa de juros tem correlação inversa. Se os juros forem altos, o crescimento será baixo. Se os juros forem baixos, o crescimento do PIB será alto.

 

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