FEDERAL RESERVE PAROU DE ELEVAR A TAXA DE JUROS
Devido à inflação vir recuando, Como era esperado, o Banco
Central dos Estados Unidos (chamado de Federal Reserve ou somente FED), parou
de elevar a taxa básica de juros, ontem, mas em patamar muito alto para os
padrões americanos, de 5,00% a 5,25% ao ano, quando a inflação de 12 meses nos
Estados Unidos está em torno de 4,00%. Por isso mesmo, deu o FED uma parada
temporária, para evitar a recessão técnica que se avizinhava. Entretanto, os
membros do comitê de politica econômica do FED não descartam um ou dois aumentos
na taxa básica de juros ainda neste ano. O comunicado deles é de que a inflação
americana ainda está muito acima da meta inflacionária. E a ideia seria ela
convergir para o centro da meta. Claro, isso se refletiu em todo o mundo. O
problema é que amanhã poderá haver a ressaca e o otimismo poderá não ficar tão exposto
assim.
No Brasil, a bolsa de valores subiu até os 119 mil pontos,
fato que não ocorria a oito meses, cravando o IBOVESPA mais 2% ontem. Mas,
também outro fato contribuiu para a euforia do mercado de ações, qual seja, que
a agência de risco Standard & Poor’s, elevou a perspectiva da nota
brasileira para otimista, quando vinha sendo pessimista, desde 2019. No
entanto, a nota brasileira continuou em BB -, o que está bastante afastada do
grau de investimento, perdido desde 2014.
Por seu turno, o presidente do FED, Jerome Powell, afirmou ao
mercado, que vê a possibilidade do Brasil obter o grau de investimento em 2026.
Ainda longe. A primeira vez que o Brasil obteve o grau de investimento, foi em
2008, o qual é a confiança dos investidores internacionais em emprestar ao
Brasil, a juros privilegiados (mais baixos), acreditando no País estável e que irá
gerar bom nível de crescimento.
A leitura do comunicado do FED leva a deduzir, o que o
mercado financeiro brasileiro tem afirmado semanalmente ao Banco Central,
publicado no informativo Focus, que o País terá baixo crescimento até 2025,
devido principalmente à desorganização das finanças públicas, o que vem
ocorrendo desde 2014. Antes daquela data, o superávit primário ocorreu
ininterruptamente por 16 anos. Depois da referida data, houve déficit primário
por 8 anos seguidos. No ano passado, teve superávit primário. Mas poderá
voltar, conforme reconhece o governo federal, a ter déficit primário neste ano
e no próximo ano. Em 2025 é esperado superávit primário. Por isso, deduz-se, que
o presidente do FED se referiu a grau de investimento em 2026.
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