EFEITOS IMEDIATOS DE PROTESTOS NAS ESTRADAS

 

Depois dos resultados das eleições, no dia 30 de outubro, passado, quando se conheceram os resultados das eleições, os caminhoneiros em quase todo o grande País, fizeram paralisações pacíficas, que, depois de três dias, já estão causando desabastecimentos, conforme revelaram entidades representativas dos supermercados e dos combustíveis nos postos pelo território brasileiro. Os aeroportos foram também atingidos pelas paralisações. Maiores consequências ainda serão conhecidas, mas, devido ao caráter pacífico das manifestações será bem provável que elas se encerrem no curto prazo. A Polícia Rodoviária foi acionada pelo Superior Tribunal Federal. Insuficiente, ela pediu reforços à Polícia Federal e às Forças Armadas. Sem dúvida, isto contribuirá para a elevação da taxa inflacionária do mês que ora se inicia e haverá prejuízo no crescimento do PIB. Relembrando a intensa manifestação de 2018 levou a um cálculo de retração naquele ano de 1% no PIB. Neste ano parece que será bem menor e também elevou a taxa inflacionária.

A gasolina teve também elevação de preços pela terceira semana consecutiva e as projeções de mercado, de continuada queda por muitas semanas da inflação, fizeram os analistas financeiros, consultados pelo Banco Central, semanalmente, desde o ano 2000, a mostrarem pequena inflexão desta, no sentido positivo.

A bolsa de valores subiu pela segunda vez, depois do resultado das eleições e o dólar comercial caiu para R$5,15, bem abaixo das projeções de mercado, que apontavam que ele fecharia 2022 em R$5,20. Ambos os movimentos ignoraram os protestos havidos pelas estradas brasileiras.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, depois de 44 horas calado, após os resultados das eleições, que indicaram a vitória do ex-presidente Lula, disse que os bloqueios nas estradas são frutos de indignação com o processo eleitoral, porém defendeu o direito de ir e vir da população. Ele não reconheceu a vitória de Lula, deixando a entender que demorará ainda algum tempo. A nuvem de fumaça que se esboça para o futuro próximo é ruim para os destinos imediatos da economia.

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